Por MAURICIO BELTRAMELLI
Muita gente nasceu com a sorte que a esmagadora maioria da população não foi agraciada: ser descendente de italianos.
Vocês não têm ideia da massa de brasileiros que eu vejo todos os dias aqui na Itália, lotando prefeituras e órgãos públicos, em busca do direito de permanecer e trabalhar na Europa. Quase a totalidade deles acaba não tendo sucesso por um único motivo: não têm direito à cidadania “jus sanguinis”, ou seja, aquela que é transmitida pelos antepassados.
Mesmo assim, me deparo muitas vezes com pessoas que, tendo esse direito precioso, deixam para reconhecê-lo “depois”. Os motivos são inúmeros, desde os filhos pequenos, até o emprego que não dá férias ou a alegada falta de dinheiro pra fazer o investimento. O problema de quase toda essa turma é um só: o “depois” vai acabar nunca chegando.
É importante dizer que a dupla cidadania, se reconhecida agora, se transforma em um direito perpétuo. Ou seja, a pessoa pode reconhecer agora e, depois, se quiser, fazer os planos para se mudar. Ou nunca se mudar. É um direito precioso pra quem o possui, e um desperdício não reconhecê-lo. Ou deixar pra “depois” para fazê-lo.
Jack Ma, o fundador do site de vendas Alibaba e dez vezes mais rico do que o Donald Trump, afirma que “é impossível agradar as mentes pobres”. Veja o que pensa o bilionário:
“As mentes pobres falham devido a um comportamento comum: a sua vida inteira, trata-se de esperar e esperar. Esperar um emprego melhor, esperar a oportunidade certa, esperar ganhar na loteria, esperar o companheiro ideal, esperar mudar de casa, esperar mudar de cidade, esperar o mundo mudar. O mundo não muda. VOCÊ MUDA!”
Como faço para saber se tenho alguma descendência italiana?